segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Voluntáriado

Neste domingo estive em São Luiz do Paraitinga, trabalhando como voluntário.
Saindo de Taubaté as 7:15 da manhã, chegando as 8:00.
Percebi que por mais que a Prefeitura do municipio tente a organização do voluntáriado, está dificil, não existe uma coordenação dos trabalhos de limpeza.
Tanto que precisei esperar 2 horas, fui mandado para o mercado municipal por duas vezes e estava fechado. Assim como vários voluntários de Taubaté e São José dos Campos.
Neste meio tempo conheci o Guilherme, um jovem morador da cidade que estava revirando os escombros de um casarão a procura de instrumentos do Projeto Guri da cidade.
Tentei ajudar uma vez que não conseguia fazer nada a não ser aguardar.
Logo após precisamos sair a busca das chaves e por fim as 10:00 da manhã conseguimos adentrar.
O cenário agora ainda é chocante, mas com menos impacto.
Muita lama e um cheiro de carne podre no local em alguns boxes, a dificuldade era tamanha. Precisávamos de um esguicho com pressão e a água que saia da torneira não ajudava.
A energia elétrica era outro desafio. Mas nada que pegar água e energia do vizinho.
Começamos o trabalho e logo no ínicio tivemos uma baixa, um integrante da equipe de voluntários se machucou.
Recebemos a visita dos Doutores da Alegria, que nos deram bons momentos de gargalhada.
Continuamos a trabahar nas condições que nos eram submetidas, chegando ao meio dia, a fome pesava no estomago então decidimos ir almoçar, os voluntários recebem almoço gratuito em pontos específicos da cidade. Decidimos almoçar numa escola a 300 metros dali. Então me juntei a Marcela de SP e a turma de São José dos Campos, não me lembro o nome de todos.
Foi super interessante, que em meio a tudo aquilo ficamos filosofando sobre o bem que nos fazia estar naquele dia ali, mesmo que o serviço estivesse cansativo.
Voltamos ao trabalho meia hora depois, afinal os trabalhos não podem parar.
Era hora de entrar em uma casa de ração. O cheiro forte e muitas larvas, precisaria tirar todas as sacas e fazer a limpeza do local, mas recebemos a notícia de que a casa poderia desabar, decidimos então deixar o local e seguir com a limpeza.
As 17:00 começamos a bater em retirada e o saldo foi positivo 9 boxes limpos, do teto ao chão.
Voltei de carona com a turma de São José dos Campos, chegando em casa as 18:10.

Hoje estou morto de cansado, com dores musculares, mas com um sentimento de dever cumprido, sabendo que o valor maior de tudo isso é saber que amanhã pisarei naquele lugar e lembrarei dos amigos voluntários que fiz, que ajudei a limpar aquilo que a água trouxe e que o povo daquela cidade pequena de tamanho, mas grande de receptividade, em alegria e em luta para reconstruir a cidade merece ter sua cidade limpa novamente.

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