domingo, 25 de abril de 2010

Eu era feliz e nem sabia



Eu e meus irmãos sentados a beira do fogão de lenha esperando o prato de feijão, arroz, frango caipira com polenta, e aquela salada de couve (retirada da horta do nosso quintal).
Logo após de um descanso estávamos ali cuidando da horta. E um pouquinho antes de chegar a noite era hora de pegar a vara de pescar e correr pra beira do lago e aproveitar algumas horas de puro lazer, é minha gente isso era meu lazer. Ah e as brincadeiras então, essas me fazem dar risadas, Cabra Cega (mas sempre chamávamos de Cobra Cega), Pique Esconde (mas sempre chamávamos de Esconde Esconde). Sem contar as brincadeiras que inventávamos. Como era bom ir ao pomar, e pegar uma fruta madurinha no pé. Comer milho verde plantado pelas próprias mãos, tomar leite tirado na hora com açucar ou achocolatado. Famíla unida em um único ideal, ser feliz com o que os recursos mais simples nos davam. A escola, que massa ter todos os alunos simples, mas acolhedores do nosso lado. Mas as horas boas da vida passa, e tudo que você viveu na sua adolescência fica pra tras. E Estamos numa cidade cosmopolita que nos faz perder o sentido da vida. Já não ficamos sentados a beira da fogueira na noite fria, onde ouvíamos de minha mãe aquelas histórias estranhas. Não mais nos abraçamos ao sair, nós não comemos sempre nos mesmos horários. A cama está desarrumada, cada um jogado pra um lado, ninguém mais lembra da essência de família (pelo menos nna minha). Eu posso dizer que era feliz e nem sabia.

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