Como é impressionante o que tiramos de uma boa conversa, e hoje a tarde eu senti isso.
Decidi relatar nas linhas abaixo esta conversa mantendo o anonimato da pessoa, para uma maior integridade dos envolvidos e também cortando outros assuntos, ou pela relevancia ou por não ser importante.
Para que eu consiga detalhar a conversa de hoje preciso voltar a alguns meses atras (que confesso não me recordar nitidamente.
A algum tempo atras uma mãe é surpreendida com a polícia a sua porta logo no meio da madrugada com a seguinte notícia:
- Seu filho está na delegacia acusado de passar drogas.
Naquele momento com toda a seriedade do mundo ela decidiu sair de casa com a cara e a coragem e dar assistência a seu filho em outra cidade.
Fiz de forma meio que jornalística mesmo.
Jeh - O que você sentiu ao ver seu filho no presídio?
Anonima - Na realidade levei um susto na delegacia, e pensei comigo agora ele está preso.
Mas não vou ficar sofrendo, pois o que precisava ja dei, casa comida, estudo, tudo que você pode imaginar.
Já tranquei ele no banheiro o dia todo, porque comecei a ver que ele estava andando com gente que não era a que escolhi pra ele.
Não sofro, pois minha parte eu fiz. Agora tenho que dar assistência a ele lá dentro, afinal ele é meu filho.
Jeh - Mais como é a vida de vocês?
Anônima - Bom isso acredito que tenha servido de lição a ele, e quando ele sair ele terá sim seu lugar em casa. Amo meu filho.
Jeh - E como é visitar seu filho?
Anônimo - Deixo pra pensar nele somente quando estou passando pela última porta. Não quero alimentar um sonho de que o mundo acabou, que ele não acabou, eu preciso trabalhar, comer, me vestir e cuidar dos meus outros filhos.
É engraçado que lá existam as regras é como se houvesse um mundo meio que paralelo.
Cada um precisa fazer pra sobreviver.
Jeh - Quantas pessoas são na cela dele?
Anônima - 25.
Jeh - Nossa e como fazem para se movimentar, domir...?
Anônima - Na cela dele tem 16 camas, e os demais dormem de gilete (as pessoas dormes de lados opostos) num colchãozinho fino. Ele conseguiu uma cama agora depois de 8 meses.
Jeh - Como se faz pra conseguir uma cama?
Anônima - Você fica na fila, vai saindo um, e vai andando a fila, e assim vai.
Jeh - e as visitas íntimas, existe um lugar pra cada um?
Anônima - Cada cama tem uma cortininha e ae cada pessoa tem seu jeito, cada um se vira como pode.
Jeh - imagine as 18 camas com uma visita íntima. Seria uma coisa meio que estranha né, os outros 25 só ouvindo. risos.
Anônima - É por isso que os outros aumentam o volume. risos.
Jeh - Obrigado por você ter aberto seu coração para um assunto delicado e íntimo.
Anônima - Que isso.
Decidi relatar nas linhas abaixo esta conversa mantendo o anonimato da pessoa, para uma maior integridade dos envolvidos e também cortando outros assuntos, ou pela relevancia ou por não ser importante.
Para que eu consiga detalhar a conversa de hoje preciso voltar a alguns meses atras (que confesso não me recordar nitidamente.
A algum tempo atras uma mãe é surpreendida com a polícia a sua porta logo no meio da madrugada com a seguinte notícia:
- Seu filho está na delegacia acusado de passar drogas.
Naquele momento com toda a seriedade do mundo ela decidiu sair de casa com a cara e a coragem e dar assistência a seu filho em outra cidade.
Fiz de forma meio que jornalística mesmo.
Jeh - O que você sentiu ao ver seu filho no presídio?
Anonima - Na realidade levei um susto na delegacia, e pensei comigo agora ele está preso.
Mas não vou ficar sofrendo, pois o que precisava ja dei, casa comida, estudo, tudo que você pode imaginar.
Já tranquei ele no banheiro o dia todo, porque comecei a ver que ele estava andando com gente que não era a que escolhi pra ele.
Não sofro, pois minha parte eu fiz. Agora tenho que dar assistência a ele lá dentro, afinal ele é meu filho.
Jeh - Mais como é a vida de vocês?
Anônima - Bom isso acredito que tenha servido de lição a ele, e quando ele sair ele terá sim seu lugar em casa. Amo meu filho.
Jeh - E como é visitar seu filho?
Anônimo - Deixo pra pensar nele somente quando estou passando pela última porta. Não quero alimentar um sonho de que o mundo acabou, que ele não acabou, eu preciso trabalhar, comer, me vestir e cuidar dos meus outros filhos.
É engraçado que lá existam as regras é como se houvesse um mundo meio que paralelo.
Cada um precisa fazer pra sobreviver.
Jeh - Quantas pessoas são na cela dele?
Anônima - 25.
Jeh - Nossa e como fazem para se movimentar, domir...?
Anônima - Na cela dele tem 16 camas, e os demais dormem de gilete (as pessoas dormes de lados opostos) num colchãozinho fino. Ele conseguiu uma cama agora depois de 8 meses.
Jeh - Como se faz pra conseguir uma cama?
Anônima - Você fica na fila, vai saindo um, e vai andando a fila, e assim vai.
Jeh - e as visitas íntimas, existe um lugar pra cada um?
Anônima - Cada cama tem uma cortininha e ae cada pessoa tem seu jeito, cada um se vira como pode.
Jeh - imagine as 18 camas com uma visita íntima. Seria uma coisa meio que estranha né, os outros 25 só ouvindo. risos.
Anônima - É por isso que os outros aumentam o volume. risos.
Jeh - Obrigado por você ter aberto seu coração para um assunto delicado e íntimo.
Anônima - Que isso.
0 comentários:
Postar um comentário